CIDADE DO VATICANO (Reuters) - O papa Francisco pediu neste sábado a uma delegação de líderes religiosos sul-coreanos que promovam a reconciliação e rechacem a violência e o medo, em meio à tensão na Península das Coreias.
Representantes de diversas religiões se encontraram com o pontífice no Vaticano e ouviram um discurso no qual Francisco disse que eles deveriam começar a "arregaçar as mangas".
"Líderes religiosos são chamados para iniciar, promover e acompanhar processos pelo bem-estar e pela reconciliação de todas as pessoas", disse o papa a uma delegação de 20 pessoas.
"Somos chamados para sermos os arautos da paz, proclamando e incorporando um estilo não violento, um estilo de paz, com palavras claramente diferentes daquelas da narrativa do medo, e com gestos que se opõem à retórica do ódio."
A rica e democrática Coreia do Sul está tecnicamente em guerra com a reclusa e pobre vizinha do Norte, que regularmente ameaça destruir o Sul e seu principal aliado, os Estados Unidos.
Atos da Coreia do Norte aumentaram a tensão na região na semana passada, quando o país lançou um míssil balístico de médio alcance que sobrevoou o Japão e caiu no oceano Pacífico.
Em resposta, os EUA e a Coreia do Sul concordaram em revisar um tratado que limita o desenvolvimento de mísseis balísticos, que o Sul quer usar para aumentar suas defesas.
Alguns dos líderes que visitaram o papa, incluindo um budista, vestiam trajes religiosos. O Vaticano não disse quais outros credos estavam representados no encontro.
Por Isla Binnie