ISLAMABAD (Reuters) - O Paquistão deteve mais de 5.000 supostos militantes, liberando depois a maior parte deles, nos dois dias desde o atentado suicida a bomba que matou pelo menos 72 pessoas num parque em Lahore na Páscoa, disse um ministro nesta terça-feira.
Investigadores mantinham sob custódia 216 suspeitos, que passarão por mais investigações, disse Rana Sanaullah, ministro de Estado para a província de Punjab do governo do primeiro-ministro Nawaz Sharif.
Detalhes das ações abrangentes, que miraram qualquer um suspeito de extremismo violento islâmico, foram divulgados quando a facção do Taliban que assumiu a responsabilidade pelo ataque divulgou uma nova ameaça nesta terça-feira.
Sanaullah disse que "5.221 pessoas haviam sido inicialmente detidas, 5.005 haviam sido liberadas depois de verificadas a identidade delas, e 216 vão passar por mais investigações”.
"Se alguém for considerado culpado, eles serão indiciados”, afirmou ele a jornalistas em Lahore, capital de Punjab.
O general Asim Bajwa, porta-voz do Exército, declarou que os militares e os Rangers, força paramilitar do país, estavam conduzindo operações na região de Punjab, a província mais populosa e rica do Paquistão, numa resposta rápida ao ataque da Páscoa.
“Neste momento em Rawalpindi, Multan e em outros locais, operações estão em andamento, as agências de inteligência, os Rangers e tropas militares estão realizando operações”, disse ele à imprensa em Islamabad.
(Por Asad Hashim)