LIMA (Reuters) - Parlamentares peruanos apresentaram, nesta terça-feira, um pedido de impeachment para tentar destituir o presidente Pedro Castillo, a segunda tentativa formal de remover o líder de esquerda, no mesmo dia em que seu mais recente ministério buscará um voto de confirmação do Congresso.
O pedido alega que Castillo é moralmente inapto para o cargo, citando 20 supostas violações que incluem o depoimento de um lobista que o acusou publicamente de corrupção.
A aprovação pública de Castillo ficou abaixo de 30% em pesquisas recentes, embora o professor aposentado tenha conquistado algum terreno recentemente em meio a uma rotatividade sem precedentes entre seus ministros.
O Parlamento do Peru tem uma Casa e 130 membros. Cinquenta deles assinaram o pedido de impeachment, o que significa que a maioria ainda pode apoiar a confirmação de seu novo gabinete.
A Presidência de Castillo tem sido marcada por escândalos e instabilidade política. Desde que assumiu o cargo em julho, ele passou por quatro ministérios separados. Seu primeiro-ministro anterior durou apenas alguns dias antes de pedir demissão devido a alegações de violência doméstica.
O Congresso ainda enfrenta uma batalha árdua para remover Castillo do cargo, o que exigiria 87 votos. Embora o Parlamento seja controlado pela oposição, uma tentativa anterior de impeachment em dezembro não conseguiu votos suficientes para ser processada.
Castillo é o quinto presidente do Peru desde 2018, quando Pedro Pablo Kuczynski renunciou minutos antes de uma votação de impeachment que ele certamente perderia. Seu sucessor, Martin Vizcarra, foi deposto após uma votação de impeachment em 2020.
(Reportagem de Marco Aquino e Marcelo Rochabrun)