KIEV (Reuters) - O Parlamento da Ucrânia aprovou nesta terça-feira um decreto presidencial de convocação de militares da reserva e homens com menos de 50 anos para combater os rebeldes separatistas no leste do país e defender a fronteira contra a concentração de tropas no lado russo.
Cerca de 45 dias depois da última convocação de reservistas, que agora expirou, o governo em Kiev repetiu o decreto para "declarar e conduzir mobilização parcial", de modo a garantir que as fileiras do que a Ucrânia agora define como "operação antiterrorista" sejam supridas.
Depois da votação, houve breve enfrentamento entre parlamentares nacionalistas e membros do partido que era liderado pelo ex-presidente Viktor Yanukovich, derrubado em fevereiro.
As tropas ucranianas forçaram os rebeldes a recuarem para seus principais redutos, as cidades de Donetsk e Luhansk, retomando lentamente o controle de vilarejos e subúrbios ao redor delas.
O Exército está sob ordens para não recorrer a bombardeios aéreos e artilharia nessas cidades, o que complica as operações para a retomada do controle da área, apesar das acusações do governo central de que os rebeldes foram os responsáveis pela derrubada do avião da Malásia. Os separatistas negam as acusações.
A Rússia recuou a maioria de seus 40.000 soldados que estavam perto da fronteira no começo do ano, reduzindo o contingente para menos de 1.000 em meados de junho. Mas depois o país voltou a ampliar seu efetivo na área, segundo declarou um militar da Otan este mês.
(Reportagem de Natalia Zinets)