CIDADE DO CABO (Reuters) - O líder do Congresso Nacional Africano da África do Sul (ANC), Cyril Ramaphosa, disse no domingo que o órgão executivo do partido se reunirá segunda-feira para finalizar as discussões sobre o futuro do presidente Jacob Zuma, que está sob pressão crescente para renunciar.
Falando em uma manifestação como parte das celebrações marcando 100 anos desde o nascimento do ex-presidente Nelson Mandela, ele disse que a saída de Zuma deve ser realizada de forma ordenada, assim como o ícone anti-apartheid teria tratado.
Zuma, de 75 anos, no poder desde 2009 e atolado em alegações de corrupção, tem ganhado tempo desde que Ramaphosa assumiu o cargo de líder do partido no poder em dezembro.
Dirigindo-se aos apoiadores do ANC na Cidade do Cabo, Ramaphosa, que é vice-presidente, disse: "O Comitê Executivo Nacional do ANC se reunirá amanhã para discutir esta questão, e porque nosso povo quer que este assunto seja finalizado, o comitê estará fazendo precisamente isso."
O Comitê Executivo Nacional do partido tem o poder de instruir Zuma a renunciar.
Embora ele tenha evitado mencionar Zuma pelo nome, Ramaphosa falou várias vezes de uma "transição de poder" em referência a negociações sobre o futuro de Zuma e disse que o ANC queria resolver problemas em torno do "presidente do país".
Em um discurso que também marcou 28 anos do dia em que Mandela foi libertado da prisão da era do apartheid, Ramaphosa disse que as conversas sobre o futuro de Zuma devem ser tratadas de maneira ordenada, "na maneira de fazer coisas de Madiba", usando nome de clã de Mandela.
(Por Wendell Roelf)