Por Panu Wongcha-um e Patpicha Tanakasempipat
BANGCOC (Reuters) - Resultados parciais das eleições deste domingo na Tailândia mostram o partido pró-exército um pouco à frente do partido populista liderando uma “frente democrática”, resultado inesperado e - para muitos - chocante, no primeiro pleito do país desde o golpe militar de 2014.
Com 93 por cento dos votos contados, a Comissão Eleitoral informou que o partido pró-militares Palang Pracharat, que está tentando manter o chefe da junta militar Prayuth Chan-ocha no poder, liderava com 7,59 milhões de votos.
Com 7,12 milhões, apareceu o Pneu Thai, partido associado ao ex-primeiro ministro exilado Thaksin Shinawatra, cujos legalistas venceram todas as eleições desde 2001.
Os números são do voto popular, mas não refletem os assentos no Parlamento que eventualmente serão vencidos. O Pheu Thai ainda pode ganhar a maior parte deles porque sua popularidade está concentrada no norte e no nordeste do país.
Mesmo assim, houve desânimo entre muitos eleitores que esperavam que as urnas diminuíssem o poder que elites tradicionais e o Exército têm no país com um dos maiores índices de desigualdade do mundo.
No quartel-general do Pheu Thai, em Bangcoc, o ânimo flutuava de felicidade a silenciosa incredulidade.
“Não achava que isso era provável. Não acho que é o que as pessoas queriam”, disse a apoiadora do Pheu Thai, Polnotcha Chakphet.