Por Crispian Balmer e Angelo Amante e Gavin Jones
ROMA (Reuters) - A Itália se aproximava nesta sexta-feira de eleger sua primeira presidente mulher, depois de cinco dias de impasse em repetidas votações parlamentares, forçando líderes partidários a buscar uma solução de compromisso.
Fontes políticas disseram que uma provável candidata é Elisabetta Belloni, diplomata de carreira que chefia os serviços secretos, com a ministra da Justiça Marta Cartabia também no radar.
"Estou trabalhando para que tenhamos uma presidente inteligente", disse o líder da Liga, Matteo Salvini, de direita, a repórteres, após se encontrar com líderes dos dois principais partidos de centro-esquerda, o Partido Democrata (PD) e o Movimento 5 Estrelas.
"Espero que amanhã tenhamos uma desfecho", acrescentou.
Giuseppe Conte, o líder do 5 Estrelas, disse que também defende uma mulher para substituir o atual chefe de Estado, Sergio Mattarella, cujo mandato de sete anos termina na próxima semana.
"Estou muito feliz que as outras forças políticas também estejam mostrando que querem concordar com um perfil feminino de alto nível", escreveu ele no Twitter.
O presidente é uma figura poderosa na Itália, que nomeia primeiros-ministros e é frequentemente chamado para resolver crises políticas na terceira maior economia da zona do euro, onde os governos sobrevivem em média apenas um ano.
Ao contrário dos Estados Unidos ou da França, onde os presidentes são eleitos por voto popular, na Itália 1.009 parlamentares e representantes regionais escolhem o presidente em uma votação secreta, que os líderes partidários às vezes têm dificuldade para controlar.