PEQUIM (Reuters) - A China completou uma segunda fase de patrulhas aéreas conjuntas com a Rússia sobre o Pacífico Ocidental na quarta-feira, após voos no dia anterior sobre o Mar do Japão e o Mar da China Oriental, gerando preocupações no Japão sobre a segurança nacional.
Tanto a Coreia do Sul quanto o Japão enviaram caças na terça-feira, quando as patrulhas conjuntas de China e Rússia começaram, como parte do plano anual de cooperação de suas Forças Armadas.
Os voos são uma "séria preocupação" para a segurança nacional do Japão, e essas preocupações foram transmitidas à China e à Rússia por meio de canais diplomáticos, disse o secretário-chefe do gabinete japonês, Hirokazu Matsuno, em entrevista coletiva em Tóquio nesta quarta-feira.
"Tais voos conjuntos repetidos pelos bombardeiros estratégicos dos dois países nas proximidades de nosso país significam a expansão das atividades nas proximidades de nosso país e têm claramente a intenção de agir arbitrariamente contra nosso país", declarou Matsuno, principal porta-voz do governo.
Na terça-feira, a Coreia do Sul mobilizou caças depois que quatro aeronaves militares russas e quatro chinesas entraram em sua zona de defesa aérea no sul e leste da península coreana.
As Forças Armadas do Japão disseram ter despachado caças depois de verificar que dois bombardeiros russos se juntaram a dois bombardeiros chineses sobre o Mar do Japão e voaram juntos até o Mar da China Oriental na terça-feira.
A mais recente rodada de patrulhas aéreas foi a sexta realizada por Rússia e China desde 2019, ocorrendo em um momento de crescente tensão na região Ásia-Pacífico, à medida que os Estados Unidos e outros países intensificam as atividades relacionadas à defesa.
(Reportagem de Albee Zhang, Ryan Woo e Ethan Wang em Pequim, Satoshi Sugiyama e Kantaro Komiya em Tóquio)