Por Katanga Johnson e Mark Hosenball
ALEXANDRIA (Reuters) - O ex-gerente de campanha do presidente Donald Trump Paul Manafort se declarou inocente novamente nesta quinta-feira para acusações criminais na investigação sobre suposto envolvimento russo na eleição de 2016 e irá enfrentar em julho seu primeiro de dois julgamentos.
Manafort se declarou inocente em tribunal na Virgínia por acusações adicionais, variando de fraude bancária a preenchimento de declarações fiscais falsas, que foram apresentadas por Robert Mueller, procurador especial dos Estados Unidos para a investigação sobre a Rússia.
Manafort também se declarou inocente na semana passada em Washington por acusações relacionadas, incluindo conspiração para lavagem de dinheiro, e falha em se registrar como um agente estrangeiro para o governo ucraniano pró-Rússia do ex-presidente Viktor Yanukovich.
O juiz distrital dos EUA T.S. Ellis, de Alexandria, na Virgínia, estabeleceu nesta quinta-feira uma data de julgamento para 10 de julho. O julgamento de Manafort em Washington começa em setembro.
Mueller está investigando suposta interferência russa na eleição, possível obstrução de justiça e supostos crimes financeiros cometidos por Manafort e outros.
Trump negou que sua campanha conspirou com a Rússia e Moscou diz não ter tentado interferir na eleição.
Nenhuma das acusações contra Manafort faz referência à suposta interferência russa na eleição, nem tampouco às acusações de conluio entre Moscou e a campanha de Trump.
Manafort tem estado sob crescente pressão para cooperar com a investigação de Mueller, especialmente após Rick Gates, seu ex-parceiro de negócios e ex-assessor de Trump, se declarar culpado no mês passado por mentir para investigadores e conspirar para fraudar os EUA.
Procuradores em Washington alegaram que Manafort lavou mais de 30 milhões de dólares e enganou bancos para empréstimos de dinheiro. Eles disseram que Manafort usou fundos de contas secretas offshore para usufruir de uma vida de luxos.
Também nesta quinta-feira, outro dos ex-gerentes da campanha de Trump, Corey Lewandowski, foi interrogado pela segunda vez pelo Comitê de Inteligência da Câmara dos Deputados, que possui sua própria investigação sobre suposto envolvimento russo na eleição.