DUBAI (Reuters) - O Conselho de Cooperação do Golfo Pérsico (GCC), dominado pela Arábia Saudita, criticou nesta segunda-feira uma lei aprovada pelo Congresso dos Estados Unidos na semana passada que permitiria às famílias das vítimas dos ataques de 11 de setembro de 2001 processar o reino para receber indenizações.
O GCC, que tem seis membros, disse que a lei é "contrária aos fundamentos e princípios das relações entre os Estados e ao princípio de imunidade de soberania de que os Estados desfrutam", disse o secretário-geral do GCC, general Abdullatif al-Zayani, em um comunicado.
O Catar e os Emirados Árabes Unidos também repudiaram o projeto de lei.
"Tais leis irão afetar negativamente os esforços internacionais e a cooperação internacional no combate ao terrorismo", afirmou o ministro das Relações Exteriores dos Emirados Árabes Unidos, xeique Abdullah bin Zayed Al Nahyan, em um comunicado divulgado pela agência estatal de notícias WAM.
A Câmara dos EUA aprovou a "Lei de Justiça contra Patrocinadores do Terrorismo" na sexta-feira, mas a Casa Branca disse que o presidente Barack Obama irá vetar a medida.
Quinze dos 19 sequestradores que derrubaram aviões de passageiros em Nova York, nos arredores de Washington e na Pensilvânia eram cidadãos sauditas.
O governo saudita, que nega veementemente qualquer responsabilidade, fez pressão contra o projeto de lei.
(Por Noah Browning)