Por Idrees Ali
WASHINGTON (Reuters) - O Pentágono informou nesta sexta-feira que espera enviar cerca de 300 militares adicionais à fronteira com o México, incluindo cerca de 100 cozinheiros que distribuiriam refeições, o que rompe a política anterior de evitar que as tropas entrem em contato com os migrantes.
A medida é o sinal mais recente de um crescente papel dos militares em auxiliar as políticas de imigração do presidente Donald Trump.
O Pentágono informou anteriormente que não havia planos para militares interagirem com migrantes, uma vez que seria papel dos agentes de fronteira lidarem com a imigração ilegal.
Além dos cozinheiros, o Pentágono deve enviar 160 motoristas e 20 advogados, disse o porta-voz Charlie Summers.
"Nós teremos algumas de nosso pessoal entregando refeições, então entrariam em contato com os migrantes", disse Summers. Ele afirmou que era uma "emenda à política atual".
Atualmente há cerca de 5 mil militares da ativa e membros da Guarda Nacional perto da fronteira, embora o número oscile.
A preocupação com o aumento da participação dos militares na fronteira com o México é crescente.
O "Posse Comitatus Act", uma lei federal registrada desde a década de 1870, restringe o uso do Exército dos EUA e de outras principais forças militares para aplicação de leis civis em solo norte-americano, a menos que seja especificamente autorizado pelo Congresso.
Na quarta-feira, Trump reiterou ameaças de fechar parte da fronteira se o México não impedir o que foi chamado de nova caravana de migrantes em direção ao norte.