Por Phil Stewart e Steve Holland
WASHINGTON (Reuters) - A agência de controle do Pentágono anunciou nesta terça-feira (20) que irá avaliar os protocolos de segurança relacionados à chamada "bola nuclear" do presidente dos Estados unidos, como é chamada a maleta que contém os códigos para a autorização de um ataque nuclear, depois que uma das malas esteve ao alcance de manifestantes que atacaram o Capitólio do país no dia 6 de janeiro.
Em um breve aviso, o gabinete do inspetor-geral afirmou que irá avaliar até que ponto as autoridades do Pentágono podem detectar e responder se a maleta presidencial de emergência se "perde, foi roubada ou esteve em perigo".
"É possível que revisemos a meta à medida que a avaliação avançar", acrescentou.
Uma autoridade norte-americana, que falou em condição de anonimato, afirmou que as preocupações em torno do ataque realizado no dia 6 de janeiro ajudaram a desencadear a revisão.
O vice-presidente Mike Pence estava no Capitólio dos Estados Unidos acompanhado de um assessor militar que levava uma maleta nuclear de reserva quando o prédio foi invadido por apoiadores do então presidente Donald Trump.
A maleta contém os códigos que o presidente utilizaria para autorizar uma ordem de lançamento de mísseis nucleares caso não esteja na Casa Branca.
As imagens de segurança que foram divulgadas durante o julgamento do processo de impeachment contra Trump mostraram como Pence e o assessor militar que levava os códigos foram conduzidos a um lugar seguro, enquanto os manifestantes invadiam o edifício.
"Em nenhum momento esteve em perigo", disse uma fonte familiarizada com a situação.
Mesmo que os invasores tivessem se apoderado da maleta, qualquer ordem de ataque nuclear teria de ser confirmada e processada pelos militares.