Por Ernest Scheyder
Houston (Reuters) - Josh Beasley e sua noiva compraram a Houston Body3 Personal Fitness, em 1º de julho, menos de dois meses antes de a tempestade tropical Harvey inundasse a academia com um pé de água e um fedor de umidade.
Entrando na escuridão da academia sem luz, no domingo, um dia depois da tempestade, Beasley disse que estava desesperado pelas iminentes limpeza e recuperação que seriam necessárias. Estima que pode custar até 35.000 dólares.
"Entrar aqui e ver toda essa água é devastador", disse Beasley, 38 anos, enquanto o complexo de 622 metros quadrados no bairro Oak Forest era seco. "Mas, como donos de pequenas empresas, que dependem deste lugar para viver, precisamos reconstruir".
Por volta de 99% das empresas de Houston são consideradas pequenas, em uma região com um PIB de mais de US$ 315 bilhões, de acordo com dados do governo dos Estados Unidos. Elas têm pela frente uma cara e longa estrada para se recuperar, com apenas uma fração dos recursos das grandes indústrias de óleo e medicamentos do estado.
Pequenas empresas frequentemente não têm grandes reservas financeiras, e a perda de renda por ter que interromper os serviços temporariamente, ou se mudar para outra localização, podem ser ameaças sérias.
Muitos donos de pequenas empresas disseram em entrevistas que teriam que reconstruir seus negócios, depois da tempestade Harvey. Esperam que a assistência da Administração Americana de Pequenas Empresas (SBA, sigla em inglês), que ofereceu empréstimos com juros baixos, cubra alguns dos custos.
O Programa Nacional de Seguro contra Enchentes, a única fonte de seguro de enchentes para a maioria dos americanos, oferece cobertura para empresas. Mas muitos pequenos negócios, como o de Beasley, não recebem seguro, a não ser que suas hipotecas ou aluguéis exijam.
O presidente Donald Trump chegou neste sábado a Houston para mais uma visita às áreas inundadas.