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Pesar do rei Charles por abusos coloniais no Quênia não é suficiente para algumas vítimas

Publicado 01.11.2023, 11:54
Atualizado 01.11.2023, 11:55
© Reuters. Rei Charles e rainha Camilla em visita ao Quênia
 1/11/2023   REUTERS/Monicah Mwangi

Por Duncan Miriri e Aaron Ross

NAIRÓBI (Reuters) - O rei Charles e a rainha Camilla, do Reino Unido, se reuniram com veteranos da Segunda Guerra Mundial no Quênia, nesta quarta-feira, no segundo dia de uma visita de Estado, enquanto sobreviventes de abusos da era colonial criticavam o fato de Charles não ter emitido um pedido de desculpas completo ou proposto reparações.

Em um jantar de Estado na terça-feira, Charles expressou seu "mais profundo pesar" pelo que chamou de atos de violência abomináveis e injustificáveis cometidos contra os quenianos durante a luta pela independência do país.

O presidente William Ruto elogiou o primeiro passo do monarca para ir além das "meias medidas hesitantes e equivocadas dos últimos anos", mas disse que ainda há muito a ser feito.

Durante a revolta Mau Mau de 1952-1960 na região central do Quênia, um período conhecido como "a emergência", cerca de 90.000 quenianos foram mortos ou mutilados e 160.000 foram detidos, muitos deles submetidos à tortura, de acordo com a Comissão de Direitos Humanos do Quênia (KHRC).

Os colonizadores britânicos também cometeram graves violações dos direitos humanos, incluindo expropriação de terras, assassinatos e violência sexual contra centenas de milhares de pessoas no oeste do Quênia ao longo de décadas, segundo investigadores das Nações Unidas.

O Reino Unido fechou um acordo extrajudicial de 20 milhões de libras (24 milhões de dólares) em 2013 para mais de 5.200 sobreviventes de abusos durante a emergência, mas se recusou a emitir um pedido de desculpas e rejeitou as reivindicações de outras comunidades.

O alto comissário do Reino Unido no Quênia, Neil Wigan, disse a uma estação de rádio local na semana passada que um pedido de desculpas levaria seu país a um "difícil território legal".

© Reuters. Rei Charles e rainha Camilla em visita ao Quênia
 1/11/2023   REUTERS/Monicah Mwangi

"Sua expressão de pesar, sem pedir desculpas, significa que ele ainda está se segurando", disse Gideon Mungai, um ex-combatente dos Mau Mau, sobre as falas de Charles. "O que me deixaria ainda mais feliz em minha velhice seria a devolução das terras tomadas."

Paul Muite, um advogado queniano sênior que representou os veteranos dos Mau Mau no caso de 2013, disse que havia mais de 2.000 vítimas adicionais de abusos durante a emergência que não receberam indenização nesse acordo.

A visita de Charles, sua primeira como monarca a uma ex-colônia, ocorre em um momento em que o Reino Unido está sob pressão para fazer mais para reconhecer os abusos da era colonial. Algumas, especialmente Barbados e Jamaica, estão reavaliando seus laços com a monarquia.

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