Por Patricia Reaney
NOVA YORK (Reuters) - Preciosidades históricas do mundo todo, que vão de um bazar sírio à última sinagoga ativa de Alexandria e dos píeres ingleses de Blackpool a prédios do Alabama ligados aos direitos civis, estão ameaçados por guerras, desastres e a urbanização, disse um grupo de conservação de monumentos nesta segunda-feira.
Dias depois de Estados Unidos e Israel anunciarem que deixarão a Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco), o Fundo Mundial de Monumentos (WMF) anunciou 25 dos locais que correm mais risco em sua lista bienal.
Entre eles estão as obras nas rochas do Sítio Cultural das Colinas de Matobo, no Zimbábue, que estão assentadas há mais de 100 mil anos, a arquitetura pós-independência em Nova Délhi, na Índia, e o edifício Sirius, de 1980, localizado em Sydney, na Austrália.
"É uma lista e um grupo de lugares que contam a história de como nós, como seres humanos e sociedades, interagimos com os lugares que são mais importantes para nós e dão sentido e definição e identidade às nossas vidas", disse Joshua David, presidente e diretor-executivo do WMF, em uma entrevista antes da divulgação da lista.
Sediada em Nova York, a organização sem fins lucrativos trabalha com governos e comunidades para preservar sítios históricos.
David disse que o grupo continua "profundamente comprometido a cumprir nossa missão de conservação histórica por meio de parcerias colaborativas internacionais".
Um mercado de Aleppo danificado pela guerra, a Cidade Antiga de Ta'izz, no Iêmen, o minarete de Al-Hadba, em Mosul, no Iraque, e o Sítio Cultural de Sukur, na Nigéria, também estão na lista.