WASHINGTON (Reuters) - O parlamentar de longa data dos Estados Unidos e pioneiro dos direitos civis John Lewis será velado no Capitólio na terça-feira, o que permitirá homenagens ao seguidor do reverendo Martin Luther King Jr., com o devido distanciamento social.
Democrata de Atlanta presente no Congresso desde 1987, Lewis sofreu vários espancamentos e prisões durante uma vida de luta contra a segregação e em defesa da justiça racial. Ele morreu de câncer no pâncreas no dia 17 de julho, aos 80 anos.
A morte ocorreu em um momento de acerto de contas com a injustiça racial em todo o país, que tem testemunhado protestos generalizados e essencialmente pacíficos contra o tratamento desigual da polícia aos negros norte-americanos e a retirada ou a mudança de nome de homenagens de instituições a ex-líderes da Confederação pró-escravidão.
No mês passado, Lewis se uniu à prefeita de Washington, Muriel Bowser, em uma rua contígua à Casa Branca pintada com um mural amarelo --grande o suficiente para ser visto do espaço--com a frase "Vidas Negras Importam", uma homenagem ao movimento social homônimo.
Uma cerimônia para convidados em que o caixão de Lewis será exibido no Capitólio será realizada na tarde desta segunda-feira, e um exibição pública ocorrerá na noite desta segunda-feira e na terça-feira, disse a presidente da Câmara dos Deputados, Nancy Pelosi, e o líder da maioria no Senado, Mitch McConnell, em um comunicado conjunto.
Devido às preocupações com o coronavírus, a exibição pública será realizada em um ambiente fechado junto à Escadaria Frontal do Leste do Capitólio, e o distanciamento social será devidamente aplicado, informou o comunicado.