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Planeta gélido alienígena pode oferecer pistas sobre o futuro distante da Terra

Publicado 26.09.2024, 16:27
© Reuters. Ilustração de planeta rochoso orbitando um remanescente estelar chamado anã branca a cerca de 4.200 anos-luz da Terra nW.M. Keck Observatory/Adam Makarenko/Divulgação via REUTERS

Por Will Dunham

WASHINGTON (Reuters) - O primeiro planeta rochoso já visto na órbita de uma estrela extinta, chamada anã branca, traz pistas do que pode estar reservado para a Terra daqui a bilhões de anos, mostrando que é possível que nosso planeta sobreviva à morte do sol, ainda que como um isolado e frio ponto no espaço.

Com massa cerca de 1,9 vez a da Terra, o planeta está orbitando a anã branca a cerca de 4.200 anos-luz do nosso Sistema Solar, próximo da protuberância localizada no centro da Via Láctea, mostrou estudo que usa telescópios localizados no Havaí. Um ano-luz corresponde à distância que a luz percorre em um ano, ou cerca de 9,5 trilhões de quilômetros.

A anã branca já foi uma estrela comum, com 1 a 2 vezes a massa do sol. Sua massa atual, no entanto, equivale a cerca da metade do sol. Estrelas com massa inferior a oito vezes a do Sol terminam suas vidas como anãs brancas, o tipo mais comum de remanescente estelar.

Antes da morte da sua estrela, o planeta orbitou a uma distância que o colocava possivelmente na “zona habitável” -- não tão fria nem tão quente, onde água em estado líquido pode existir na superfície e pode haver vida. Ela originalmente orbitava a uma distância similar àquela em que a Terra orbita o sol. Após a morte da estrela, essa distância agora é de 2,1 vezes a original.

"No momento é um mundo congelado por causa da anã branca, que é de fato menor do que o planeta e extremamente fraca, se comparada à época em que era uma estrela normal", afirmou o astrônomo Keming Zhang, da Universidade da Califórnia, principal autor do estudo publicado nesta quinta-feira na revista Nature Astronomy.

O sol, que tem cerca de 4,5 bilhões de anos de idade, está fadado a se tornar uma anã branca.

"No fim da vida do nosso sol, ele vai inchar até atingir um tamanho enorme, que os astrônomos chamam de gigante vermelho, e depois vai gentilmente soltando suas camadas externas ao vento", afirmou a co-autora, Jessica Lu.

"Conforme o nosso sol for perdendo massa, as órbitas dos planetas vão ficar maiores. Eventualmente, o sol perderá todas as suas camadas externas e sobrará o núcleo quente e compacto. A isso é dado o nome de anã branca."

© Reuters. Ilustração de planeta rochoso orbitando um remanescente estelar chamado anã branca a cerca de 4.200 anos-luz da Terra 
W.M. Keck Observatory/Adam Makarenko/Divulgação via REUTERS

Astrônomos ainda debatem se a Terra -- terceiro planeta mais próximo do sol, sendo Vênus o segundo, e Marte o quarto — será envolvida e destruída quando o sol se expandir durante a fase de gigante vermelho, que deve ocorrer daqui a cerca de 7 bilhões de anos. A fase “anã branca” ocorrerá um bilhão de anos depois.

"Modelos teóricos discordam quanto à sobrevivência da Terra. Vênus vai ser quase que certamente envolvido, enquanto Marte quase certamente sobreviverá. Nossos modelos mostram que este planeta tinha uma órbita provavelmente similar à da Terra antes de sua estrela se tornar um gigante vermelho. Isso indica que a chance de sobrevivência da Terra pode ser maior do que a previamente imaginada", disse Zhang.    Até então, apenas planetas gasosos maiores do que Júpiter, o maior do Sistema Solar, tinham sido descobertos orbitando anãs brancas.

(Reportagem de Will Dunham)

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