Por Mike Collett
ZURIQUE (Reuters) - Michel Platini colocou as políticas da Fifa de lado por um tempo nesta sexta-feira para lembrar dos 30 anos do desastre do estádio Heysel, quando 39 torcedores, na maioria italianos, perderam suas vidas na final da Copa Europeia de 1985.
Platini, agora presidente da Uefa e vice-presidente do Congresso da Fifa, marcou o gol de pênalti da vitória naquela noite em Bruxelas, quando a Juventus derrotou o Liverpool por 1 x 0. A partida seguiu apesar das mortes antes do jogo no estádio em ruínas, onde torcedores do Liverpool causaram a tragédia enfrentando torcedores da Juventus antes do início da partida, causando a queda de uma parede e a queda e sufocamento de torcedores.
Platini, que está em campanha contra a reeleição do presidente da Fifa, Joseph Blatter, no congresso, refletiu sobre o passado antes da votação desta sexta-feira.
"Trinta anos atrás, joguei uma final da Copa dos Clubes Campeões Europeus no estádio Heysel em Bruxelas. E continuo jogando naquela final... Aquilo não me deixou, assim como não deixou ninguém que estava naquela noite, e continua com todos os que perderam alguém amado, para tudo que mudou em poucos terríveis minutos", disse.
"Trinta anos depois, sou presidente da Uefa, a organização que organizou esta partida, e estou trabalhando todo dia com meus colegas e amigos das associações nacionais, ligas e clubes para garantir que nunca iremos presenciar novamente o horror daquela noite", acrescentou.
Uma menção especial foi feita sobre o desastre quando o Congresso da Fifa começou. Delegados ficaram em silêncio para lembrar das vítimas e outras figuras do futebol que morreram no ano passado.