PARIS (Reuters) - Michel Platini, ex-presidente da Uefa, foi liberado no início desta quarta-feira após ser interrogado sobre a escolha do Catar como sede da Copa do Mundo de 2022.
O advogado de Platini, William Bourdon, disse que seu cliente é inocente de todas as acusações e que fora interrogado por medidas "técnicas".
"Foi bem longo, dado o número de acusações, era óbvio que seria longo, já que eles me fizeram perguntas sobre a Euro 2016, a Copa do Mundo na Rússia, a Copa do Mundo no Catar, o Paris Saint-Germain, a Fifa", disse Platini a repórteres nesta quarta-feira enquanto deixava a delegacia em que estivera detido.
"Respondi a todas as perguntas calmamente, enquanto não sabia porque estava lá", acrescentou.
O braço especializado em investigar crimes econômicos e corrupção do Ministério Público francês lidera uma investigação sobre a concessão do torneio de 2022 para o emirado do Golfo desde 2016. O órgão está investigando possíveis crimes, incluindo corrupção, conspiração e tráfico de influência.
Tomada em dezembro de 2010, a decisão de sediar a Copa do Mundo no Catar surpreendeu o mundo, dada a falta de público local para os jogos, o clima extremamente quente no verão e o fraco desempenho da seleçã nacional. O país será a primeiro emirado árabe a sediar a competição.
Platini é uma das mais famosas personalidades ligadas ao mundo dos esportes na França. Ele conduziu a seleção francesa à vitória no Campeonato Europeu de 1984 e disputou duas semifinais da Copa do Mundo.
(Reportagem de Arthur Connan, Gonzalo Fuentes e Emmanuel Jarry)