Por Alexander Ratz e Pavel Polityuk
KIEV (Reuters) - A ministra alemã de Relações Exteriores, Annalena Baerbock, prometeu apoio inequívoco da Alemanha à Ucrânia em uma visita a Kiev nesta segunda-feira, enquanto os dois lados buscaram estreitar as diferenças em relação ao pedido da Ucrânia por armamentos e para se preparar contra um possível ataque da Rússia.
Em uma coletiva de imprensa conjunta, Baerbock e seu equivalente ucraniano, Dmytro Kuleba, disseram que ninguém poderá separar seus dois países, e Baerbock ressaltou que a Alemanha está disposta a pagar um alto preço econômico para conter Moscou.
Mas houve também dúvidas em relação a se Baerbock iria se reunir ou não com o presidente ucraniano Volodymyr Zelenskiy.
Duas fontes diplomáticas disseram que a reunião havia sido cancelada, e o gabinete de Zelenskiy afirmou que tal encontro não havia sido agendado, enquanto Kuleba afirmou que a ausência de tal reunião não deveria ser encarada como um sinal indicativo de qualquer coisa.
Autoridades ucranianas criticaram publicamente a Alemanha por se recusar a vender armamentos a Kiev e em relação à uma impressão de que Berlim estaria relutante em impedir o fluxo de gás no gasoduto Nord Stream 2, vindo da Rússia, no caso de um eventual ataque de Moscou.
A visita de Baerbock a Kiev, sua segunda em três semanas, é uma de uma série de visitas de autoridades de alto escalão de Estados-membros da aliança militar ocidental Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan) com o objetivo de demonstrar solidariedade com a Ucrânia desde que a Rússia mobilizou dezenas de milhares de tropas em suas fronteiras com o país.
"Estamos com a Ucrânia", disse Baerbock. "Ninguém vai conseguir nos dividir", e acrescentou: "Caro Dmytro, você sabe que pode contar com a Alemanha."