ROMA (Reuters) - A polícia da Itália apreendeu mais de 2.000 artefatos antigos numa varredura em todo o país com o objetivo de desmantelar um grupo criminoso que estava operando no sul com o comércio de tesouros arqueológicos roubados.
Durante a operação, a polícia descobriu uma casa que tinha sido transformada num museu privado com cerca de 550 achados antigos, disse um comunicado da polícia. Três pessoas foram presas.
A investigação foi lançada depois que parte de um afresco foi roubado da Casa de Netuno, na antiga cidade romana de Pompeia, perto de Nápoles, informou a polícia.
A imprensa italiana também denunciou a perda de parte de um afresco de Apollo e Artemis em Pompeia em março do ano passado. A polícia, que batizou a investigação de "Artemis", não disse se tinha recuperado a obra de arte, que foi cortada de uma parede.
O ministro da Cultura, Dario Franceschini, elogiou nesta quarta-feira a operação, que foi coordenada por funcionários antimáfia em Nápoles e envolveu cerca de 142 buscas policiais em mais de 20 cidades e vilas italianas.
"(Isso) levou à recuperação de milhares de itens arqueológicos e derrotou uma organização criminosa dedicada a roubar o patrimônio cultural do sul da Itália", disse Franceschini em comunicado.
Entre os itens recuperados estão vasos decorados, moedas e fragmentos de edifícios antigos. A polícia também apreendeu detectores de metais e itens que disseram ter sido utilizados para escavações ilegais.
Destacando o desafio enfrentado pela Itália em proteger a sua vasta riqueza cultural, autoridades disseram nesta quarta-feira que a forte chuva tinha destruído parte de um jardim em Pompeia, que foi enterrada sob cinzas vulcânicas há quase 2.000 anos.
O dano ocorreu numa área que estava prevista para ser restaurada sob o Grande Projeto Pompeia, um plano de 105 milhões de euros parcialmente financiado pela União Europeia.
A implementação do projeto está atrasada devido a disputas legais sobre quem deve realizar o trabalho.
(Reportagem de Isla Binnie)