RIO DE JANEIRO (Reuters) - Quatro integrantes da escola de samba Paraíso do Tuiuti foram indiciados pelo acidente com um carro alegórico que deixou 20 feridos durante desfile de Carnaval do grupo especial do Rio de Janeiro, informou nesta segunda-feira a polícia civil do Rio.
Entre os indiciados está o motorista da alegoria, Francisco de Assis Lopes, que declarou não ser culpado pelo acidente e pediu desculpas às vítimas e parentes.
Além do condutor, foram indiciados dois diretores da escola de samba e o engenheiro responsável pela alegoria que apresentou problemas na passarela do samba.
Os quatro indiciados vão responder pelo crime de lesão corporal culposa em razão de falhas identificadas como imperícia, imprudência e negligência, de acordo com a polícia civil.
Um outro acidente, com uma alegoria da Unidos da Tijuca, deixou mais 12 feridos no Carnaval deste ano. Representantes da escola de samba Unidos da Tijuca seriam ouvidos pela polícia do Rio no inquérito que investiga o acidente em que a estrutura do carro alegórico desabou.
A polícia deve concluir os inquéritos sobre os acidentes no Carnaval nos próximos dias. Dos 32 feridos nos dois acidentes, pelo menos 4 pessoas ainda permanecem internadas.
“Os acidentes na avenida foram algo que realmente nos deixaram assustados. Vamos ter que tomar medidas para que isso não ocorra mais. É preciso ver com os engenheiros que assinaram as autorizações a segurança dessas estruturas”, disse o prefeito do Rio, Marcelo Crivella.
“Os motoristas têm que estar habilitados para dirigir carros dessa magnitude; isso não é carro, ônibus ou caminhão. É preciso também que se faça teste do bafômetro para que ninguém dirija carros na euforia do Carnaval sem condições de fazer com segurança... O importante é que o Carnaval do ano que vem seja melhor do que esse”, acrescentou o prefeito.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)