Por Alex Dobuzinskis
LOS ANGELES (Reuters) - A polícia estava averiguando nesta segunda-feira a motivação de um homem acusado por tiroteio fatal em uma sinagoga no sul da Califórnia, depois de determinar que o jovem de 19 anos agiu sozinho.
O atirador entrou em uma sinagoga da Congregação Chabad em Poway, no subúrbio de San Diego, no sábado e matou uma mulher, além de ferir três pessoas no interior da sinagoga, utilizando um tipo de fuzil, informou a polícia.
Durante o fim de semana, o prefeito de Poway classificou o ataque como crime de ódio. O acusado parece ser o autor de um manifesto online em que alega ter incendiado uma mesquita anteriormente e se inspirado no tiroteio em massa que matou 50 pessoas em duas mesquitas no mês passado na Nova Zelândia.
O ataque de sábado em Poway ocorreu no último dia da Páscoa judaica, seis meses após 11 fieis serem mortos por um atirador que invadiu uma sinagoga da Árvore da Vida em Pittsburgh.
O homem, que está sob custódia sem fiança, está previsto para comparecer em um tribunal de San Diego na quarta-feira enfrentando uma acusação de assassinato e três de tentativa de assassinato, de acordo com o departamento do xerife de San Diego.
Acredita-se que o atirador tenha organizado o ataque sem apoio de outras pessoas, disse o xerife de San Diego, Bill Gore, em um comunicado no domingo.
O jovem fugiu em um carro após um patrulheiro da fronteira dos Estados Unidos que estava de folga, presente na sinagoga, atirar no veículo. O adolescente, mais tarde, ligou para se entregar à polícia.
Autoridades estão investigando o possível envolvimento do atirador no incêndio de 24 de março no Centro Islâmico de Escondido, uma cidade a cerca de 24 quilômetros ao norte de Poway, disse Gore.
A vítima do ataque era fundadora da sinagoga da Congregação Chabad em Poway, disse o rabino Yisroel Goldstein, que estava entre os feridos.
Outro sobrevivente, Israel Dahan, cuja filha de 8 anos fora ferida, disse à Rádio Israel no domingo que a arma do atirador emperrou.
Oscar Stewart, um fiel de 51 anos, atacou o atirador e o perseguiu para fora da sinagoga antes de outra pessoa, o agente de patrulha fronteiriça, disparar, disse Gore.
Stewart é um veterano do Exército norte-americano e trabalha como eletricista, informou o Los Angeles Times.