LONDRES (Reuters) - Mais de 50 pessoas que se acredita terem participado de festas durante o lockdown da Covid-19 na residência e escritório de Downing Street do primeiro-ministro britânico, Boris Johnson, serão contatadas pela polícia para explicar seu envolvimento, disseram autoridades nesta quarta-feira, ao avaliarem a ampliação da investigação.
Um comunicado da Polícia Metropolitana informou que os oficiais começarão a entrar em contato com as pessoas a partir do final desta semana, pedindo que preencham um documento com status legal formal sobre os eventos que deixaram Johnson com a crise mais grave de seu governo.
A polícia está investigando 12 reuniões realizadas no escritório e residência de Johnson depois que uma investigação interna descobriu que sua equipe participou de festas abastecidas com álcool em Downing Street, com o líder britânico participando de alguns dos eventos.
Na época, muitas pessoas não podiam comparecer a funerais ou se despedir de entes queridos que morriam no hospital devido às rígidas regras de lockdown da Covid-19, e as revelações provocaram crítica generalizada. Alguns parlamentares de seu próprio partido se juntaram à oposição para pedir que ele renuncie.
Johnson pediu desculpas e prometeu mudar a cultura no topo do governo após inquérito interno apontar uma "séria falta de liderança". Depois da demissão de cinco assessores, ele nomeou novas autoridades para cargos de alto escalão.
O inquérito interno encontrou evidências de 16 festas ou reuniões, e a polícia disse que examinaria 12 que pareciam atender aos requisitos para uma investigação criminal.
(Reportagem de Kate Holton)