ROMA (Reuters) - A polícia antiterrorismo da Itália desmantelou nesta quinta-feira uma suposta rede internacional que transportava ilegalmente migrantes ao redor da Europa e então canalizava parte do lucro para militantes islamistas na Síria.
Um juiz do norte da Itália emitiu 14 mandados de prisão por acusações que incluem lavagem de dinheiro, associação com grupos terroristas e conspiração para financiar terrorismo. Um dos homens procurados continua como foragido, disse a polícia.
Onze dos homens nasceram na Síria e estavam morando na Itália, Suécia e Hungria, segundo o mandado de prisão. Três dos homens eram marroquinos.
A polícia rastreou a lavagem de cerca de dois milhões de euros, dos quais parte havia sido enviado ao antigo grupo Frente Nusra, que rompeu laços com a Al Qaeda e adotou um novo nome em 2016, e agora encabeça uma aliança de grupos islamistas.
"O dinheiro veio em grande parte de contrabando de pessoas", disse o principal juiz antiterrorismo da Itália, Federico Cafiero de Raho, a repórteres. Por uma taxa, o grupo transportava migrantes a partir dos Balcãs para a Itália e outros países europeus", disse ele.
Mais de 600 mil migrantes chegaram à costa italiana ao longo de quatro anos, e muitos já partiram para outros destinos.
(Por Domenico Lusi; reportagem adicional de Philip Pullella)