MAPUTO (Reuters) - A polícia de Moçambique informou nesta segunda-feira que matou o comandante de uma ala armada de uma facção dissidente do Renamo, o principal partido de oposição do país.
O governo alega que o grupo armado, chamado Junta Militar da Renamo, é responsável por vários ataques e mortes de civis, saques de propriedades, pilhagem e incêndios criminosos na parte central do país empobrecido nos últimos anos.
Mariano Nyongo, o líder da Junta Militar da Renamo, foi morto de manhã cedo durante combates entre as Forças de Defesa e Segurança (FDS) e os insurgentes na província de Sofala, disse o comandante-geral de polícia Bernardino Rafael.
Perto das 7h30, as FDS se chocaram com a Junta Militar, que estava sendo conduzida por Nyongo, durante operações de patrulhamento, disse Rafael.
"As FDS fizeram tudo para neutralizar Nyongo vivo para que ele pudesse responder por suas ações no tribunal. Infelizmente, eles foram os primeiros a atacar a patrulha das FDS", afirmou.
Os ataques do grupo dissidente abalam um tratado de paz e um processo de desarmamento iniciados depois que o presidente Filipe Nyusi, do partido governista Frelimo, assinou um cessar-fogo com o Renamo em 2019.
(Por Manuel Mucari)