PARIS (Reuters) - A polícia francesa realiza buscas neste sábado para tentar encontrar um homem que deixou uma bomba em uma rua comercial na cidade de Lyon, ferindo 13 pessoas.
Noventa investigadores da polícia, apoiados por 30 peritos e membros da guarda local estão procurando o homem, que foi visto em câmeras de segurança por volta das 17h30 (hora local) da sexta-feira, disse o promotor antiterrorismo, Remy Heitz.
O homem foi flagrado deixando um pacote de papel em frente a uma padaria. O pacote explodiu cerca de um minuto depois.
A polícia francesa conseguiu rastrear os movimentos do homem –que aparentava ter cerca de 30 anos– por 10 minutos antes do ataque, e ainda tenta identificá-lo. O suspeito tinha uma bicicleta, usava óculos e um boné.
Nenhum grupo reivindicou a autoria do ataque, disse Heitz, pedindo que testemunhas ajudem a polícia a encontrar o suspeito.
Uma fonte afirmou que traços de DNA foram isolados nos pedaços remanescentes da bomba. A polícia descobriu que o homem usou triperóxido de triacetona, ou TATP, um poderoso explosivo caseiro.
O caso está sendo considerado uma investigação de terrorismo devido às circunstâncias do ataque, cometido à luz do dia e com o uso de um explosivo capaz de atingir uma grande quantidade de pessoas por meio dos parafusos e bolas de metal colocados dentro de uma sacola, disse Heitz.
A polícia encontrou um detonador remoto e fragmentos de plástico que provavelmente seriam parte do dispositivo, acrescentou.
Dos feridos pela explosão, 11 foram hospitalizados, entre eles uma garota de 10 anos.
Autoridades aumentaram a vigilância e a proteção de locais públicos depois de grupos islâmicos terem realizado uma série de ataques na França, que deixaram dezenas de pessoas mortas e feriram centenas nos últimos anos.
Após a bomba de Lyon, o Ministério do Interior ligou para autoridades locais e pediu que aumentassem a vigilância em locais e eventos públicos em toda a França.
O chefe de polícia da região onde Lyon está situada proibiu manifestações que ocorreriam no norte da cidade.
(Reportagem de Catherine Lagrange em Lyon; reportagem adicional de Emmanuel Jarry, Inti Landauro e Caroline Paillez em Paris)