Por Jon Herskovitz
AUSTIN (Reuters) - Dois pacotes-bombas explodiram nesta segunda-feira a quilômetros de distância na capital do Estado norte-americano do Texas, matando um adolescente e ferindo duas mulheres em ataques que a polícia de Austin relacionou a uma explosão mortal mais cedo neste mês.
Em todos os três casos, um pacote foi deixado na frente de uma residência e explodiu após uma vítima desavisada pegá-lo ou tentar abri-lo, disse o chefe da polícia de Austin, Brian Manley, a repórteres.
“Estamos analisando estes incidentes como sendo relacionados”, disse Manley, acrescentando que investigadores federais estão entre os que buscam por suspeitos e um possível motivo para os ataques.
Todas as vítimas, incluindo um homem de 39 anos que morreu na explosão de 2 de março, eram afro-americanas ou hispânicas, disse Manley.
“Nós não podemos descartar que crime de ódio esteja no âmago disto, mas nós não estamos dizendo que esta é a causa”, disse Manley em entrevista coletiva.
Ele alertou a moradores para terem cuidado com caixas não esperadas deixadas do lado de fora de suas casas, sem pegá-las, e denunciarem qualquer coisa suspeita à polícia.
Os ataques aconteceram conforme Austin recebe milhares de visitantes para seu festival anual South by Southwest.
Nos incidentes desta segunda-feira, um pacote-bomba matou um jovem de 17 anos e feriu uma mulher na casa deles em Austin. Mais tarde, uma explosão deixou uma mulher hispânica de 75 anos em condição grave, com “ferimentos que ameaçam a vida”, disse Manley.
“Este é o terceiro do que acreditamos ser incidentes relacionados que ocorreram durante os últimos 10 dias”, disse.
As explosões desta segunda-feira foram em casas a cerca de 6 quilômetros de distância na região leste de Austin, enquanto o incidente de 2 de março aconteceu em uma casa no bairro de Harris Ridge, no nordeste da cidade, a cerca de 19 quilômetros do centro.
Nesta segunda-feira, o jovem de 17 anos encontrou um pacote do lado de fora sua casa e levou a embalagem para a cozinha, onde explodiu, segundo Manley. A mulher, na faixa dos 40 anos, foi levada para um hospital com ferimentos que não eram críticos.
(Reportagem de Jon Herskovitz e Andrew Hay)