ISTAMBUL (Reuters) - A polícia turca impediu que centenas de pessoas se reunissem para a parada anual do Orgulho LGBT+ em Istambul neste domingo, e fez dezenas de prisões após as autoridades locais proibirem a realização da manifestação novamente neste ano.
Milhares de pessoas compareciam às Paradas do Orgulho LGBT+ na avenida Istiklal, principal de Istambul, mas nos últimos anos, o governo liderado pelo presidente Tayyip Erdogan e seu Partido de raízes islâmica AK endureceu a postura em relação à comunidade LGBT+.
A homossexualidade não é crime na Turquia, mas a hostilidade em relação à comunidade é generalizada, e a repressão policial às suas manifestações tem sido cada vez mais dura ao longo dos anos.
No domingo, policiais da tropa de choque impediram o acesso à Praça Taksim e bloquearam muitas ruas no bairro de Cihangir, onde pessoas tentavam se reunir. O transporte público na região também foi suspenso.
As autoridades locais no distrito de Beyoglu proibiram os eventos da Semana do Orgulho, entre 20 e 26 de junho, dizendo que eles poderiam levar a distúrbios públicos por conta das sensibilidades da sociedade.
Pequenos grupos de pessoas portando bandeiras com as cores do arco-íris se reuniram brevemente onde puderam no domingo e entoaram slogans antes que a polícia os dispersasse e os perseguisse pelas ruas, detendo alguns à força.
(Reportagem de Umit Bektas, Bulent Usta e Ali Kucukgocmen)