Por Joe Brock
CINGAPURA (Reuters) - A quantidade de resíduo plástico fluindo para os oceanos e matando a vida marinha pode triplicar nos próximos 20 anos, a menos que empresas e governos consigam diminuir drasticamente a poluição provocada pelo plástico, apontou um estudo publicado nesta quinta-feira.
O consumo de plástico descartável aumentou durante a pandemia de coronavírus, de acordo com a ONG Associação Internacional de Resíduos Sólidos. Máscaras e luvas de látex estão indo parar em praias remotas da Ásia todos os dias. Aterros sanitários de todo o mundo estão recebendo quantidades recordes de embalagens de comida e de outros tipos de produtos entregues em domicílio.
A nova pesquisa, produzida por cientistas e especialistas da indústria para o The Pew Charitable Trusts e a Systemiq, oferece soluções que poderiam cortar em mais de 80% o volume projetado de plástico destinado aos oceanos.
O roteiro para conter a crise desenfreada de resíduo plástico lançado nos oceanos é um dos mais detalhados já apresentados em um estudo.
No entanto, se nenhuma ação for tomada, a quantidade de plástico seguindo para os mares a cada ano aumentará de 11 milhões de toneladas para 29 milhões, deixando um acúmulo de 600 milhões de toneladas à deriva nos oceanos até 2040 -- peso equivalente a três milhões de baleias-azuis, segundo o estudo publicado no periódico científico Science.
"A poluição plástica é algo que afeta a todos. Não é algo do tipo 'o problema é seu, não meu'. Não é problema de um país. É problema de todos", disse Winnie Lau, gerente-sênior do Pew e coautora do estudo. "Piorará se não fizermos nada".
A quantidade de resíduo plástico produzido anualmente vem aumentando rapidamente desde 1950. Em 2017, ela estava em 348 milhões de toneladas, e deve voltar a dobrar até 2040, estima o documento.
((Tradução Redação Rio de Janeiro; 55 21 2223-7128))
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