COLÔNIA (Reuters) - A polícia da Alemanha afirmou neste domingo que preveniu a repetição de ataques e roubos sofridos por centenas de mulheres em Colônia no ano passado ao realizar uma ação junto a 650 pessoas, principalmente homens do Norte da África, na noite de Ano Novo.
A polícia deteve e submeteu a uma triagem muitos dos homens que passaram pela principal estação de trem da cidade conforme eles iam rumo ao centro de Colônia, ao oeste da Alemanha, onde os ataques há um ano atrás impulsionaram críticas à política de portas abertas para imigrantes da chanceler Angela Merkel.
O chefe de polícia de Colônia, Juergen Mathies, não disse quantos dos homens foram depois autorizados a ir para o centro da cidade, mas negou que a checagem tenha sido realizada por questões raciais. Ele também disse que muitos dos detidos foram agressivos.
"Isso foi claramente para prevenir incidentes similares aos do ano passado", afirmou ele em uma coletiva de imprensa. "Uma grande parte desse grupo que passou por checagem era do tipo de pessoas de quem se espera atos criminosos como aqueles. Por isso realizamos essa abordagem de maneira clara".
A polícia prendeu 92 pessoas, incluindo 16 alemães e 10 sírios, durante as celebrações na noite de sábado em Colônia. A polícia também instalou câmeras de vigilância para monitorar a praça da estação.
Muitos dos suspeitos dos ataques do ano passado aparentavam ser do Norte da África ou árabes, segundo a polícia.
Em seu discurso de ano novo ao país, a chanceler Angela Merkel disse que o terrorismo islâmico é o maior desafio a ser enfrentado pela Alemanha, e prometeu melhorias na segurança após um ataque do Estado Islâmico em Berlim antes do Natal ter matado 12 pessoas.
(Por Paul Carrel)