MOSCOU (Reuters) - A polícia de Moscou prendeu mais de 20 manifestantes anticorrupção que foram às ruas neste domingo em uma continuação dos grandes protestos na capital da Rússia na semana passada, de acordo com uma testemunha da Reuters.
O protesto foi muito menor que os da semana passada, quando centenas de manifestantes, incluindo um proeminente crítico do Kremlin, Alexei Navalny, foram detidos enquanto protestavam contra a corrupção, exigindo a renúncia do primeiro-ministro, Dmitry Medvedev.
No domingo, autoridades à paisana e policiais prenderam entre 20 e 30 pessoas no centro de Moscou, enquanto tentavam organizar uma marcha em direção ao Kremlin, disse a testemunha da Reuters.
A agência de notícias Interfax disse, citando a polícia, que 29 pessoas foram detidas por "infringir a ordem pública".
"Agora é óbvio que o problema aumentou porque há tantos presos em diferentes cidades, de Vladivostok a Kaliningrado", disse Ilya Kurzinkov, um dos vários estudantes de Novosibirsk, na Sibéria Ocidental, que se juntaram aos protestos em apoio aos moscovitas.
"Em geral, as pessoas apanham, são machucadas. Mesmo agora, aqui, nós vemos pessoas sendo detidas, provocadores aparecem".
Havia cerca de 100 manifestantes no centro de Moscou, um grupo significativamente menor que o dos protestos da semana passada, reconhecidos como os maiores desde uma onda de manifestações contra o Kremlin em 2011/2012.
Os protestos acontecem um ano antes da eleição presidencial, na qual se espera que Vladimir Putin concorra pelo quarto mandato.
(Por Maxim Shemetov, Alexander Reshetnikov, Maria Tsvetkova e Parniyan Zemaryalai)