CAIRO (Reuters) - Forças da segurança do Egito mataram sete possíveis militantes do Estado Islâmico em troca de tiros nesta segunda-feira, num momento em que eles se encontravam para planejar ataques contra a minoria cristã, informou o Ministério do Interior.
O incidente na cidade sulista de Assiut ocorreu um dia após o gabinete do Egito aprovar um estado de emergência de três meses, na sequência de ataques do Estado Islâmico contra duas igrejas cristãs coptas, que mataram ao menos 44 pessoas.
Os sete possíveis militantes foram mortos após abrirem fogo contra forças da segurança que se aproximaram durante encontro para planejar novos ataques contra cristãos, informou o ministério em comunicado. Assiut possui uma população cristã significativa.
Munição, armas, uma motocicleta, livros e publicações do Estado Islâmico foram encontrados no local, segundo comunicado.
O presidente Abdel Fattah al-Sisi, antes um general, iniciou a mais dura repressão contra islamistas na história moderna do Egito após derrubar o presidente Mohamed Mursi, da Irmandade Muçulmana, em 2013, depois de protestos contra seu turbulento ano no cargo.
Os ataques a bombas no domingo tinham como alvos igrejas coptas em Alexandria e Tanta e marcaram um dos dias mais sangrentos na memória recente da minoria cristã egípcia, a maior no Oriente Médio.
Os coptas, cuja presença no Egito data à era romana, reclamam há tempos sobre perseguição religiosa e acusaram o Estado de não fazer o suficiente para protegê-los.
(Reportagem de Ali Abdelaty)