VENTIMIGLIA, Itália (Reuters) - A polícia italiana começou nesta terça-feira a expulsar imigrantes, na maioria africanos, de acampamentos improvisados na fronteira Itália-França, enquanto ministros da União Europeia se reuniam em Luxemburgo para expor os planos para lidar com a crise da imigração.
A polícia italiana armada com equipamento antimotim removeu da costa rochosa dezenas de imigrantes, incluindo mulheres chorando. Cerca de 300 deles se concentraram perto da cidade de Ventimiglia nos últimos cinco dias.
Alguns dos imigrantes, principalmente sudaneses, eritreus e somalis, tentaram resistir, juntando os braços e se deitando no chão. Muitos têm sido repetidamente recusados pela França, que diz que eles são responsabilidade da Itália.
A Itália vem tentando obter ajuda da UE para lidar com ondas de imigrantes que chegam em barcos superlotados do norte da África, com estimativas oficiais colocando o total em 57.000 até agora este ano. Milhares também estão indo para outros países do Mar Mediterrâneo ou próximos, como a Grécia e a Bulgária.
A UE este ano concordou em triplicar o financiamento para salvamentos no mar, ao largo das costas da Itália e da Grécia, mas o bloco de 28 nações está profundamente dividido sobre como lidar com os imigrantes que já chegaram.