WASHINGTON (Reuters) - O secretário de Estado norte-americano, Mike Pompeo, admitiu nesta terça-feira que os militantes do Estado Islâmico estão ganhando força em algumas áreas, mas disse que a capacidade do grupo para realizar ataques foi reduzida em grande parte.
"É complicado. Certamente há lugares em que o Isis (Estado Islâmico) está mais poderoso hoje do que estava três ou quatro anos atrás", disse Pompeo em uma entrevista ao programa "This Morning", da rede CBS. Mas ele disse que o autoproclamado califado do grupo não existe mais e que sua capacidade de ataque enfrenta muito mais dificuldades.
Pompeo foi indagado a respeito de uma reportagem do jornal New York Times segundo a qual o grupo islâmico militante está se fortalecendo no Iraque e na Síria.
Em dezembro, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, disse que as tropas norte-americanas tiveram sucesso em sua missão de derrotar o Estado Islâmico na Síria e que não são mais necessárias neste país. "Vencemos", disse à época.
Pompeo disse que o plano para derrotar o Estado Islâmico na região foi executado com outros 80 países e teve muito êxito.
Mas ele alertou que sempre existe o risco de um ressurgimento de "grupos radicais islâmicos terroristas", incluindo a Al Qaeda e o Estado Islâmico.
Em Genebra, uma autoridade chinesa de alto escalão alertou nesta terça-feira que existe o perigo de militantes do Estado Islâmico ressurgirem na Síria e pediu avanços no processo político entre o governo de Damasco e a oposição para encerrar a guerra.
(Por Doina Chiacu e Humeyra Pamuk)