Por Darya Korsunskaya e Andrew Osborn
SOCHI/MOSCOU (Reuters) - O Secretário de Estado dos Estados Unidos, Mike Pompeo, disse à Rússia nesta terça-feira que Washington não irá tolerar interferências nas eleições presidenciais de 2020 e pediu que Moscou tomasse medidas ainda não especificadas para mostrar que não haverá uma repetição das supostas interferências de 2016.
O presidente russo, Vladimir Putin, que se encontrou com Pompeo no balneário de Sochi rebateu a acusação, dizendo que a Rússia nunca havia interferido nas eleições dos Estados Unidos e que o relatório do procurador especial Robert Mueller, que classificou como "de maneira geral objetivo" não havia encontrado evidências de conspiração.
Agora que o relatório de Mueller era passado, algo que há muito colocava um manto sobre as relações entre EUA e Rússia, Putin disse que esperava que os laços começassem a melhorar.
"Eu fiquei com a impressão de que o seu presidente quer consertar os laços e contatos entre Estados Unidos e Rússia e quer resolver questões que são de interesse comum para nós", disse Putin a Pompeo.
Em sua primeira visita à Rússia como secretário de Estado, Pompeo primeiramente confrontou o ministro das Relações Exteriores da Rússia, Sergei Lavrov, em questões como Ucrânia e Venezuela. Depois de seu encontro, ambos disseram que estavam distantes em muitas questões.
"Eu deixei claro para o ministro das Relações Exteriores Lavrov... que a interferência nas eleições americanas é inaceitável. Se os russos estivessem envolvidos com isso em 2020, isso colocaria nossa relação em um lugar ainda pior do que ela já esteve", disse Pompeo. "Eu pediria a eles que não fizessem isso. Nós não toleraríamos isso".