AMSTERDÃ (Reuters) - Um popular comediante holandês pediu que centenas de milhares de fãs se juntem a ele dizendo "Bye Bye Facebook", em protesto contra a manipulação de dados privados pelo gigante das redes sociais.
Arjen Lubach, cujo programa de TV satírico "Sunday with Lubach" tem mais de 400 mil seguidores na rede social, disse que o programa excluiria sua conta do Facebook na quarta-feira, juntando-se a uma série de artistas de alto perfil e executivos de tecnologia que incitaram usuários a fazer o mesmo.
Apesar de ser impossível saber quantos vão acompanhá-lo, 11 mil dos seguidores de Lubach no Facebook disseram que se juntariam a Lubach deletando suas contas.
Nas últimas semanas, a #deletefacebook ganhou proeminência depois que a maior rede social do mundo mostrou que permitiu que dados pessoais terminassem nas mãos da Cambridge Analytica, uma consultora política que trabalhou na campanha eleitoral de 2016 do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump.
A fabricante de carros elétricos Tesla, do empreendedor do Vale (SA:VALE3) do Silício, Elon Musk, e a empresa de foguetes SpaceX deletaram suas páginas no Facebook. O protesto também foi aderido por Brian Acton, co-fundador do serviço de mensagens WhatasApp, que foi vendido para o Facebook por aproximadamente 19 bilhões de dólares em 2014, e por artistas, como a atriz e cantora Cher.
A própria empresa disse que o #deletefacebook não teve nenhum impacto significativo nos usuários até o momento e analistas financeiros dizem que a controvérsia teve pouco impacto sobre a publicidade ou o engajamento dos usuários na plataforma do Facebook até agora.
(Por Anthony Deutsch e Eric Auchard)
((Tradução Redação São Paulo, +5511 5644 7721)) REUTERS IM RBS