Por Miguel Pereira e Guillermo Martinez
DISTRITO DE AVEIRO, Portugal (Reuters) - Uma onda de incêndios florestais mortais em Portugal levou os serviços de emergência do país ao limite, e reforços muito esperados chegaram da Espanha e do Marrocos, disseram as autoridades do governo português, no momento em que a temperatura mais baixa também trouxe um pouco de esperança.
Pelo menos sete pessoas morreram por conta dos incêndios nos distritos de Aveiro e Viseu, com dezenas de casas destruídas e dezenas de milhares de hectares de floresta e mato queimados. As autoridades mobilizaram mais de 5 mil bombeiros.
Imagens da Reuters mostraram moradores de Aveiro, no noroeste -- uma das áreas mais atingidas -- distribuindo comida e água para equipes exaustas de bombeiros, desejando-lhes “força no combate”.
Uma equipe de 270 funcionários de emergência da Espanha foi enviada para o mesmo distrito de Viseu com tratores, e dois aviões pesados de combate a incêndios chegaram do Marrocos, com mais dois a caminho, informou a Defesa Civil portuguesa.
Espanha, Itália e França já tinham enviado dois aviões de combate a incêndios cada, após o governo português ter solicitado ajuda na segunda-feira, sob o mecanismo de Defesa Civil da União Europeia.
Dados do Serviço Europeu de Informação sobre Incêndios Florestais mostraram que grandes incêndios queimaram uma área de mais de 90 mil hectares desde sábado, tornando o total queimado deste ano 124 mil hectares maior do que a área queimada em 2017, quando Portugal sofreu dois incêndios devastadores que mataram mais de 100 pessoas.