Por Jessica Donati
CABUL (Reuters) - O próximo presidente do Afeganistão devia ter sido empossado nesta segunda-feira, mas a data da posse foi adiada para setembro, já que os candidatos rivais não concordaram com o vencedor de uma eleição esperada para ser a primeira transferência democrática de poder do país.
Como parte de um acordo mediado pelos Estados Unidos, os adversários Abdullah Abdullah e Ashraf Ghani devem formar um governo de união nacional e cooperar na auditoria de todos os oito milhões de votos depositados nas urnas para eliminar os temores de uma fraude eleitoral generalizada.
O Afeganistão está em crise desde o contestado primeiro turno da eleição presidencial de abril, e o impasse acabou com a esperança de uma transferência de poder sem sobressaltos.
O presidente Hamid Karzai, que governa o país desde 2001, havia dito que o novo líder assumiria em 25 de agosto, mas seu porta-voz declarou nesta segunda-feira que a data jamais foi estabelecida como o dia da posse.
Seja qual for o plano, também nesta segunda-feira a Comissão Eleitoral Independente ainda tabulava os votos do segundo turno, realizado sob supervisão da Organização das Nações Unidas (ONU) em 14 de junho.