Por Andrea Shalal
WASHINGTON (Reuters) - A sugestão do presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, de que pode assinar um acordo comercial com o presidente chinês, Xi Jinping, em Iowa gerou uma onda de entusiasmo em Muscatine, uma cidade às margens do rio Mississipi, que já recebeu Xi duas vezes desde 1985.
Xi ganhou a chave da cidade, de 24 mil habitantes, durante sua primeira visita, quando liderou um grupo de estudos agrícolas e se hospedou na casa de uma família local. Ele também se encontrou e fez amizade com o então governador Terry Branstad, hoje embaixador de Trump em Pequim.
Xi retornou ao local em meio a muito alarde em 2012, quando ocupava a vice-presidência chinesa, visitando a casa que o recebeu anos antes e se reunindo com uma dezena de "velhos amigos" -- pessoas que havia conhecido nos anos 1980.
Esses eram tempos mais esperançosos nas relações entre EUA e China, antes de Trump iniciar uma ampla guerra tarifária e o secretário de Estado norte-americano afirmar que o Partido Comunista de Xi é "verdadeiramente hostil aos EUA e a nossos valores".
Agora, negociadores comerciais dos dois países se apressam para completar o texto de um acordo de "fase um", que pode interromper a guerra comercial que já dura 16 meses. As tarifas tiveram um impacto gigantesco sobre os agricultores de Iowa, grande exportadora de soja.
Na semana passada, Trump declarou que esperava assinar o acordo com Xi em uma localidade nos EUA, talvez Iowa. O local ainda está sendo analisado, mas uma autoridade chinesa já afirmou que Xi está disposto a viajar aos EUA.