(Reuters) - O prefeito de Nova York, Bill de Blasio, disse neste sábado que as escolas públicas permanecerão fechadas pelo resto do ano letivo nos Estados Unidos, enquanto a cidade enfrenta o novo surto de coronavírus.
"Ter que dizer que não podemos trazer nossas escolas de volta para o restante deste ano letivo é doloroso, mas também posso dizer que é a coisa certa a se fazer", disse ele em entrevista coletiva.
De Blasio ordenou que as escolas públicas fechassem a partir de 16 de março para conter a propagação da doença, com o objetivo inicial de reabertura em 20 de abril. Mas o prefeito disse que logo ficou claro que o objetivo não era realista, pois a cidade emergiu como um dos principais polos da doença no país.
Algumas horas depois, o governador do estado de Nova York, Andrew Cuomo, rejeitou o anúncio do prefeito, dizendo que não havia decisão sobre o fechamento das escolas.
Cuomo disse que De Blasio não poderia fechar unilateralmente as escolas da cidade de Nova York sem coordenar a ação com o resto da área metropolitana e insistiu que a decisão de reabrir as escolas de Nova York seria dele.
"É minha autoridade legal nessa situação", disse o governador em resposta à pergunta de um repórter sobre se o fechamento de escolas na cidade de Nova York estaria sob sua autoridade ou do prefeito da cidade.
As mensagens contrastantes semearam confusão entre alguns educadores.
"Então, o que está acontecendo? Educadores de Nova York como eu já foram notificados pela @UFT que a escola está fechada pelo restante do ano", escreveu um professor em um post no Twitter, referindo-se à Federação dos Professores. "Esse vai e vem é exasperador."
(Por Maria Caspani e Brendan Pierson)