SEUL (Reuters) - O prefeito de Seul, Park Won-soon, foi encontrado morto, disse a polícia na sexta-feira (horário local), depois que sua filha informou que ele estava desaparecido e que havia deixado uma mensagem escrita "como um testamento".
O corpo do prefeito foi encontrado no Monte Bugak, no norte de Seul, por volta da meia-noite, perto de onde o sinal do seu celular foi detectado pela última vez, disse a Agência da Polícia Metropolitana de Seul. A agência não informou a causa da morte.
A filha do prefeito disse que ele desapareceu às 17h17 de quinta-feira (horário local), que seu telefone estava desligado, e que deixou uma mensagem escrita "como um testamento", informou a agência de notícias Yonhap. Centenas de policiais participaram da busca pelo prefeito.
Yonhap afirmou que uma ex-secretária de Park apresentou uma queixa na quarta-feira por supostos incidentes de assédio sexual.
A polícia da cidade não respondeu às ligações da Reuters em busca de comentários, mas disse em um comunicado que investigará a causa da morte.
Como prefeito da cidade com quase 10 milhões de habitantes, Park era um dos políticos mais influentes da Coreia do Sul e teve um papel de destaque na resposta à pandemia de coronavírus.
Ele era considerado uma potencial esperança presidencial para os liberais nas eleições presidenciais de 2022.
A descoberta do corpo ocorreu em uma busca noturna que durou uma hora em uma das partes mais montanhosas e pitorescas de Seul, a poucos minutos do coração da capital metropolitana, envolvendo centenas de policiais usando drones e cães.
Park deixou a residência oficial do prefeito por volta das 10h40 (horário local) na quinta-feira, vestindo um chapéu preto e uma mochila, após cancelar as reuniões agendadas para o dia, de acordo com várias notícias locais.
Antigo ativista e advogado de direitos humanos, Park é prefeito de Seul desde 2011, e defendeu uma série de políticas que promovem a igualdade de gênero.
Como advogado na década de 1990, ele venceu um dos primeiros casos de assédio sexual na Coreia do Sul e defendeu fortemente a causa de "mulheres de conforto", aquelas que foram forçadas a trabalhar nos bordéis militares japoneses durante a guerra antes e durante a Segunda Guerra Mundial, quando o Japão ocupou a Coreia.
(Por Cynthia Kim e Hyonhee Shin)