RIO DE JANEIRO (Reuters) - O prefeito do Rio de Janeiro, Eduardo Paes, afirmou nesta quarta-feira que há um exagero nas críticas à Baia de Guanabara e que não cogita plano B para a disputa das provas de vela nos Jogos Olímpicos de 2016.
Paes ainda insinuou que as críticas podem ser uma pressão internacional para prejudicar o Brasil na competição de vela, e lembrou que os velejadores do país competem melhor em provas realizadas em baías do que em mar aberto.
"Acho que está começando a haver um exagero sobre a Baía de Guanabara", disse o prefeito a jornalistas. "Acho que está havendo também uma questão de competitividade (nas críticas)... vejo como zero a possibilidade das provas saírem da Baía de Guanabara", completou ele.
O governo do Rio já reconheceu que não conseguirá atingir a meta de tratar 80 por cento do esgoto lançado na Baía de Guanabara até o ano que vem, mas garantiu a balneabilidade da água e das raias olímpicas.
A Federação Internacional de Vela teria cogitado solicitar ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que as provas sejam levadas para o mar, de forma a reduzir o risco de os atletas terem contato com a sujeira da baía. No local, é comum ver plástico, lixo, móveis e até carcaças de carro flutuando.
"Nas raias de vela tem balneabilidade; fizemos evento-teste no ano passado e não teve nenhum problema", declarou o prefeito.
No segundo semestre deste ano, a baía será colocada à prova novamente com mais um evento-teste.
Paes se reuniu nesta quarta-feira com prefeitos da região metropolitana e do Grande Rio de Janeiro para tratar do impacto dos Jogos sobre a logística e o cotidiano dos municípios.
"Todos os prefeitos demonstraram simpatia à possibilidade de aderir a esses feriados e férias escolares na época dos Jogos", afirmou Paes, acrescentando que na capital as férias serão de 1 a 29 de agosto e que haverá ao menos dois feriados.
(Reportagem de Rodrigo Viga Gaier)