LONDRES (Reuters) - O pregador islâmico mais conhecido do Reino Unido, Anjem Choudary, cujos seguidores foram ligados a várias conspirações em diferentes partes do mundo, foi condenado a cinco anos e meio de prisão nesta terça-feira por pedir apoio ao Estado Islâmico, noticiou a emissora Sky News.
Choudary já havia sido condenado antes por um júri no tribunal Old Bailey, em Londres, por usar sermões e mensagens na internet para angariar ajuda ao grupo extremista, que controla vastas áreas da Síria e do Iraque.
Figura notória no Reino Unido, onde os tablóides o classificam como um pregador do ódio, ele também é bastante famoso no exterior e apareceu na televisão várias vezes na esteira de ataques de militantes islâmicos para culpar a política externa ocidental por visar muçulmanos.
Os promotores argumentaram que, nas publicações que fez em redes sociais, Choudary jurou lealdade ao "califado" declarado pelo líder do Estado Islâmico, Abu Bakr al-Baghdadi, e disse que os muçulmanos têm a tarefa de obedecê-lo ou lhe providenciar apoio.
Choudary negou as acusações de terrorismo e afirmou que o caso tem motivação política. Ele foi considerado culpado depois de ser julgado em julho.
Ex-líder da hoje proibida organização Al-Muhajiroun, Choudary se tornou infame por louvar os homens responsáveis pelos ataques de 11 de setembro de 2001 nos Estados Unidos e por dizer que gostaria de transformar o Palácio de Buckingham, na Inglaterra, em uma mesquita.