Por William James
LONDRES (Reuters) - A primeira-ministra britânica, Theresa May, disse nesta quarta-feira que permitiria um pequeno atraso na saída do Reino Unido da União Europeia em circunstâncias excepcionais, cedendo a críticas de seu próprio partido sobre o plano do governo de fixar a data de retirada do bloco em uma lei.
A decisão é uma concessão a parlamentares conservadores que, na semana passada, se rebelaram no Parlamento causando uma derrota constrangedora para a May durante debate sobre a legislação que encerrará a participação do Reino Unido na União Europeia.
May estava a caminho de uma segunda derrota ainda nesta quarta-feira depois que diversos membros de seu partido indicaram que votariam contra a definição da data de saída do Reino Unido da UE, 29 de março de 2019, em uma lei.
Parlamentares contrários a essa definição sinalizaram que estariam preparados para voltar atrás se uma ressalva fosse acrescentada à lei permitindo que a data fosse alterada se necessário.
Durante pronunciamento antes de um debate de oito horas sobre a legislação, May disse ao Parlamento que aceitará o meio-termo.
"Nós aceitamos a emenda... mas eu posso garantir...(aos membros do Parlamento) que nós só usaríamos esse poder em circunstâncias excepcionais, pelo tempo mais curto possível", disse May.
(Reportagem de William James)