Por Gavin Jones e Angelo Amante e Crispian Balmer
ROMA (Reuters) - O primeiro-ministro da Itália, Giuseppe Conte, conquistou um importante voto de confiança na Câmara dos Deputados nesta segunda-feira, mantendo-se no poder depois que um partido aliado menor deixou sua coalizão e abriu uma crise política em meio à pandemia da Covid-19.
Se tivesse perdido a votação, Conte teria sido forçado a renunciar.
Depois de seu apelo à oposição e aos parlamentares não alinhados para apoiá-lo, após a saída do partido "Italia Viva", do ex-premiê Matteo Renzi, o governo de Conte saiu vitorioso na votação da Câmara dos Deputados por 321 votos a 259.
A margem foi maior do que o projetado e deu ao governo a maioria absoluta na Câmara, de 629 cadeiras.
Na terça-feira, Conte irá enfrentar um teste mais difícil no Senado, onde o governo tinha apenas uma pequena maioria, mesmo quando o "Italia Viva" ainda integrava a coalizão.
Procurando atrair parlamentares do centro e progressistas, Conte prometeu renovar sua agenda política e reorganizar seu gabinete, dizendo querer modernizar a Itália e acelerar a implementação de um plano de recuperação para a economia atingida pela recessão.
"Peço um apoio claro e transparente, com base na força e clareza da proposta", disse Conte à Câmara ao abrir o debate de confiança, condenando o pequeno partido centrista de Renzi por abandonar a coalizão de 17 meses.
"Vamos ser francos, não podemos desfazer o que aconteceu, não podemos recuperar a confiança e a segurança que são condições essenciais para trabalharmos juntos. Agora temos que virar a página", disse ele, aparentemente fechando a porta para qualquer reconciliação com Renzi.