Por Katya Golubkova
NOVA DÉLHI (Reuters) - O primeiro-ministro japonês, Fumio Kishida, explicou a liberação de água tratada da usina nuclear de Fukushima para o mar aos líderes do G20 que se reuniram em Nova Délhi neste sábado para uma cúpula de dois dias, informou uma autoridade do Ministério das Relações Exteriores do Japão.
O Japão começou a liberar água radioativa tratada da usina nuclear de Fukushima, que está em ruínas, no Oceano Pacífico no mês passado, e enfrentou duras críticas da China, que imediatamente proibiu todas as importações de frutos do mar do Japão.
O Japão afirma que a liberação da água é segura, observando que a Agência Internacional de Energia Atômica (AIEA) também concluiu que o impacto que teria sobre as pessoas e o meio ambiente era "insignificante".
Em uma sessão do G20 no sábado, Kishida falou aos líderes do Grupo dos 20, incluindo o presidente dos EUA, Joe Biden, o primeiro-ministro britânico, Rishi Sunak, o presidente francês, Emmanuel Macron, e Mohammed bin Salman, da Arábia Saudita, sobre questões que vão desde a economia global até a segurança alimentar e a liberação de água.
"O primeiro-ministro Kishida explicou que os dados monitorados desde a liberação (de água) do mês passado foram divulgados de forma rápida e altamente transparente. E que nenhum problema surgiu do ponto de vista científico", disse Hikariko Ono, secretária de imprensa do Ministério das Relações Exteriores do Japão, aos repórteres.
Esta semana, o Japão levou a decisão da China de proibir as importações de frutos do mar japoneses à Organização Mundial do Comércio, prometendo também explicar a segurança da água liberada em fóruns diplomáticos.
Esta semana, Kishida explicou a posição do Japão sobre a liberação da água radioativa tratada ao primeiro-ministro chinês, Li Qiang, à margem de uma reunião regional na Indonésia.
"O Japão continuará a trabalhar em estreita colaboração com a AIEA e a fornecer explicações à comunidade internacional com base em evidências científicas de boa fé e de maneira altamente transparente", disse Ono, referindo-se aos comentários de Kishida no G20.
(Reportagem de Katya Golubkova)