Por Andrew MacAskill
LONDRES (Reuters) - O primeiro-ministro Rishi Sunak enfrenta votações em assentos parlamentares muito diferentes nesta quinta-feira e corre o risco de perder as três disputas no que seria o pior resultado de meio de mandato de um partido do governo britânico em mais de meio século.
As votações são uma das poucas oportunidades restantes para avaliar o apoio público antes de uma eleição nacional prevista para o ano que vem, e uma chance de analisar se o oposicionista Partido Trabalhista pode converter sua liderança nas pesquisas em vitórias.
Sunak, ex-ministro das Finanças e banqueiro de investimentos, cultiva uma imagem de tecnocrata capaz de resolver complexos desafios políticos. Mas ele não conseguiu se livrar completamente do passado caótico de seu partido.
As eleições são para preencher assentos vagos pelo ex-primeiro-ministro Boris Johnson, que renunciou ao cargo de deputado no mês passado depois de ter enganado o Parlamento sobre festas realizadas em Downing Street durante a pandemia de coronavírus, e um aliado que renunciou em solidariedade.
Uma terceira votação está sendo realizada depois que um membro do Parlamento renunciou por acusações de assédio sexual e uso de cocaína.
Os resultados das eleições devem sair na madrugada de sexta-feira.
Se Sunak for derrotado em todas as três disputas, isso sugere que seu partido corre risco de perder o poder nas próximas eleições, no momento em que a população expressa suas frustrações com inflação teimosamente alta, aumento de impostos e estagnação econômica.
A última vez que um partido do governo perdeu três eleições extraordinárias em um único dia foi em 1968.
A popularidade do primeiro-ministro está no nível mais baixo desde que foi nomeado em outubro, de acordo com uma pesquisa YouGov publicada na quarta-feira. Cerca de dois terços dos eleitores atualmente têm uma visão desfavorável de Sunak, segundo a pesquisa.
As probabilidades de apostas sugerem que os conservadores perderão todas as três eleições, embora o partido tenha conquistado grande maioria em duas delas em 2019.