LONDRES (Reuters) - Os britânicos não podem ter mais direitos do que cidadãos de outros países que não pertencem à União Europeia depois da desfiliação do Reino Unido, e o tema da limitação da liberdade de movimentação com o bloco não será discutido até que conversas formais sejam iniciadas, disse o primeiro-ministro da Itália, Matteo Renzi, nesta quinta-feira.
Matteo Renzi, que se esforça para fortalecer sua popularidade antes de um referendo de dezembro sobre uma reforma constitucional na qual apostou sua carreira, também criticou o ex-premiê britânico David Cameron por realizar a votação que levou à separação da UE para tentar apaziguar seu partido.
Como sinal da importância crescente da Itália na esteira do referendo no Reino Unido, Renzi conversou com a chanceler da Alemanha, Angela Merkel, e com o presidente da França, François Hollande, em seu país no mês passado no momento em que o bloco tenta se unir em reação ao referendo britânico de 23 de junho.
Renzi disse respeitar a decisão tomada por 52 por cento dos britânicos a favor da desfiliação, mas afirmou à rede BBC que nenhum acordo poderia dar um status preferencial aos britânicos se comparado àquele de outras nações não filiadas à UE.
"Será impossível dar ao povo britânico mais direitos do que aos outros povos fora da UE", disse.