ATENAS (Reuters) - O dividido partido Syriza, do premiê grego Alexis Tsipras, estava reunido nesta quinta-feira para resolver suas diferenças em meio a uma crescente rebelião de parlamentares de extrema-esquerda que acusam o partido de trair suas raízes antiausteridade.
A Grécia evitou por pouco uma saída da zona do euro por ora ao chegar a um acordo de última hora com credores neste mês por seu terceiro resgate financeiro, mas isso custou a Tsipras o apoio de um quarto de seus parlamentares e deixou o Syriza à beira de rachar.
O aprofundamento da crise interna do Syriza é o desafio político mais sério de Tsipras, que, exceto por esse quadro, domina sem rivais a cena política grega e continua popular apesar de sua reviravolta súbita para aceitar termos austeros do resgate.
Um fracasso em controlar o Syriza e acabar com a revolta da extrema-esquerda pode jogar a Grécia de volta às turbulências e ameaça descarrilar as negociações com credores europeus e do Fundo Monetário Internacional (FMI) sobre um novo pacote de resgate de 86 bilhões de euros para manter Atenas solvente.
Cerca de 200 membros do comitê central do Syriza reuniam-se em um cinema antigo no centro de Atenas para decidir se vão realizar um congresso regular emergencial ou um referendo para redefinir a estratégia do partido.